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  • Google testa texto em novo visual para artigos no Discover

    Google testa texto em novo visual para artigos no Discover

    O Google está testando um novo design no feed do Discover, trazendo mudanças visuais importantes na forma como os artigos são apresentados para os usuários. A principal novidade está na introdução de prévias de artigos com trechos em destaque, semelhantes ao que já existe no feed de notícias do Google.

    A mudança foi percebida por usuários da versão beta do aplicativo Google para Android e iPhone, e parece estar sendo liberada de forma gradual e limitada.

    Ao contrário da visualização tradicional, que exibia apenas a imagem principal, o título e o nome do site, o novo layout insere agora um trecho do corpo da matéria logo abaixo do título.

    O novo recurso pode parecer simples, mas sinaliza uma tentativa do Google de tornar a experiência no Discover mais próxima do padrão editorial tradicional, onde um subtítulo ou um parágrafo de apoio ajuda o leitor a entender melhor o conteúdo antes de clicar. Com isso, espera-se reduzir cliques acidentais e aumentar o engajamento com matérias realmente relevantes para o usuário.

    Entenda o que muda na prática

    Até agora, o feed Discover exibia os cards de notícia com visual mais limpo e direto: título, site, miniatura e, às vezes, uma tag de assunto. A partir do novo teste, algumas publicações passaram a ter também um pequeno parágrafo logo abaixo do título — geralmente o primeiro trecho do corpo do texto.

    Esse tipo de apresentação já é usado há algum tempo no Google News, mas até então não havia sido aplicado ao Discover. No caso do novo formato, o texto destacado aparece apenas quando o usuário não interage com o botão de mais opções (os três pontos), o que indica que o Google ainda está experimentando os melhores contextos para exibir a novidade.

    Vale destacar que esse tipo de trecho não é o mesmo que a descrição da meta tag usada pelos sites, o famoso campo “Resumo” do WordPress. A prévia parece ser gerada automaticamente com base no conteúdo da página, o que reforça a estratégia da empresa de usar inteligência artificial para interpretar e exibir os textos.

    Novo Discover

    Por que essa mudança importa

    O Discover é uma das principais fontes de tráfego orgânico para diversos portais de notícias e blogs no mundo todo. Alterações no seu funcionamento impactam diretamente as métricas de cliques, tempo de permanência e comportamento dos leitores.

    Ao incluir trechos dos artigos, o Google pode estar buscando aumentar a confiança dos usuários na qualidade do conteúdo antes mesmo do clique. Essa prática ajuda também a reduzir o chamado clickbait — títulos chamativos demais, mas com pouco conteúdo real —, pois o leitor passa a ter uma amostra do que encontrará no link.

    Para os produtores de conteúdo, isso reforça a importância de abrir os textos com informações relevantes, bem escritas e que resumam de forma atrativa o assunto, já que o trecho inicial da matéria pode ser usado como prévia.

    Como os redatores já podem se preparar

    Mesmo sem confirmação oficial de quando (ou se) o novo visual será adotado amplamente, produtores de conteúdo e redatores já podem se adaptar às possíveis mudanças. O principal ponto de atenção é o parágrafo de abertura das matérias.

    Se o Google realmente estiver utilizando os primeiros trechos do corpo do texto para montar as prévias, vale redobrar o cuidado com a clareza e a força informativa do início de cada artigo. Isso significa evitar introduções genéricas ou vagas, e começar direto com uma informação relevante, bem escrita e que represente o conteúdo com fidelidade.

    Além disso, esse primeiro parágrafo precisa ser instigante — ou seja, deve despertar o interesse do leitor, levantar uma pergunta ou trazer um dado relevante que incentive o clique. O objetivo é equilibrar clareza, atratividade e contexto já nos primeiros segundos de leitura.

    Veja abaixo três exemplos de aberturas eficazes para diferentes tipos de conteúdo:

    • Notícia sobre tecnologia:
      “Com uma promessa ousada de aposentar o e-mail tradicional, uma startup americana acaba de lançar uma plataforma que une inteligência artificial e mensagens instantâneas de forma inédita.”
    • Artigo de saúde:
      “Você sabia que dormir menos de seis horas por noite pode aumentar em até 30% o risco de doenças cardíacas? Nesse artigo vamos mostrar por que o sono virou o novo foco da medicina preventiva.”
    • Conteúdo sobre economia doméstica:
      “Trocar o cartão de crédito pelo Pix pode parecer simples, mas essa escolha tem impactos diretos na sua organização financeira. Vamos mostrar quando isso vale a pena — e quando não.”

    Cada um desses exemplos entrega uma informação concreta logo de início, provoca curiosidade e contextualiza o tema principal, o que aumenta as chances de engajamento no Discover, especialmente se esse parágrafo for o que aparecer como prévia no card.

    Além disso, é recomendável que os sites verifiquem como seus artigos estão sendo renderizados no Discover, priorizando estrutura limpa e títulos que funcionem em conjunto com o parágrafo de apoio. Com a provável redução de cliques por curiosidade e aumento da leitura consciente, o conteúdo de qualidade ganha ainda mais valor.

    Ainda em teste e sem previsão de lançamento oficial

    Até o momento, o Google não se pronunciou oficialmente sobre a mudança nem confirmou quando (ou se) o novo design será implementado de forma ampla. O fato de o recurso estar restrito a determinadas versões do app e a um número limitado de usuários indica que o teste ainda está em fase inicial.

    Como em outras mudanças visuais e funcionais testadas pela empresa, o novo formato pode ser descontinuado, ajustado ou expandido de forma gradual — tudo depende da aceitação por parte dos usuários e dos resultados obtidos em métricas internas.

    Com informações do 9to5google.com.

  • Google irá lançar Discover no Desktop

    Google irá lançar Discover no Desktop

    O Discover é hoje uma das principais portas de entrada para leitores em sites jornalísticos. Desde 2018 restrito a dispositivos móveis, esse feed com recomendações personalizadas será levado também à página inicial do Google no desktop. A mudança foi antecipada em slides apresentados no Search Central Live, em Madrid, e ainda não conta com data oficial de lançamento, mas já gera deixou nossas expectativas lá no alto.

    Ao incluir o Discover no desktop, o Google amplia em muito a superfície de descoberta de conteúdo. Até agora, os usuários que acessavam notícias por smartphones tinham acesso ao feed na tela inicial do app. Em breve, qualquer pessoa que consulte o buscador pelo computador poderá se deparar com cards de artigos alinhados ao seu histórico de navegação e interesses.

    Para portais que já vêm investindo em SEO voltado ao Discover, essa novidade representa uma chance de escalar o volume de tráfego. Sites com bom desempenho no Discover mobile tendem a manter o mesmo padrão, mas também poderão servir de base para experimentos de formatos e público. Já quem não consegue ainda engatar cliques no Discover Mobile pode aproveitar o comportamento, por vezes mais analítico, do usuário de desktop, que costuma explorar temas com calma e profundidade.

    Manter o foco no CTR (Click-Through Rate) continua sendo a regra número um. Trabalhar o título de forma objetiva, com palavra-chave no início, oferece contexto rápido. A imagem principal, por sua vez, deve continuar seguindo as especificações mínimas (1.200 px de largura e proporção preferencialmente 16:9) e exibir elementos visuais claros. Vale também testar chamadas de ação discretas, como “Veja como” ou “Descubra”, que podem aumentar a curiosidade sem recorrer a termos exagerados.

    Ao mesmo tempo, fortalecer a autoridade em tópicos específicos faz toda a diferença. Publicar artigos técnicos com dados, referências e citações externas reforça a percepção de confiabilidade. Seguir boas práticas de estruturação de texto — uso de headings, listas curtas e parágrafos objetivos — acelera a leitura e agrada tanto o algoritmo quanto o usuário.

    Assim como no Mobile, o timing deve continuar relevante. Assuntos recorrentes, virais ou em alta no momento devem receber prioridade no calendário editorial. No desktop, o público costuma buscar mais análises e reportagens aprofundadas, então vale mesclar notícias de última hora com conteúdos evergreen e guias completos. Essa combinação pode resultar em cards de alto desempenho no Discover, independentemente da modalidade de acesso.

    Ainda há dúvidas sobre métricas detalhadas por dispositivo: o Google não liberou, por enquanto, relatórios que separem o tráfego desktop do mobile no Discover. Ainda estamos estudando o uso de filtros no Analytics para tentarmos separar os dois grupos, mas a distribuição do Discover no Desktop aqui no Brasil ainda está baixa.

    Eu, pessoalmente, espero sim um diferença no resultado do Discover Desktop para o Discover Mobile, tanto nos tipos de conteúdo – acredito que matérias mais analíticas e profundas terão mais espaço – quanto na usabilidade do site, já que sites no Mobile tendem a ser mais organizados justamente pelo menor espaço de trabalho, enquanto no Desktop, muitos sites que foram feitos para mobile, estão abarrotados de conteúdo e propagandas que afetam bastante a experiência do usuário.

    Por fim, sigo com minhas recomendações de sempre:

    • Continuar investindo em conteúdo de qualidade
    • Tentar sempre que possível usar imagens exclusivas
    • Trabalhar bem os links internos para reduzir rejeição
    • Publicar com frequência
    • Manter o site otimizado para velocidade, usabilidade e experiência

    Assim que tivermos mais dados sobre o Discover no Desktop, trarei análise do comportamento, mas, como disse antes, minhas expectativas estão altas!