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    Google irá lançar Discover no Desktop

    O Discover é hoje uma das principais portas de entrada para leitores em sites jornalísticos. Desde 2018 restrito a dispositivos móveis, esse feed com recomendações personalizadas será levado também à página inicial do Google no desktop. A mudança foi antecipada em slides apresentados no Search Central Live, em Madrid, e ainda não conta com data oficial de lançamento, mas já gera deixou nossas expectativas lá no alto.

    Ao incluir o Discover no desktop, o Google amplia em muito a superfície de descoberta de conteúdo. Até agora, os usuários que acessavam notícias por smartphones tinham acesso ao feed na tela inicial do app. Em breve, qualquer pessoa que consulte o buscador pelo computador poderá se deparar com cards de artigos alinhados ao seu histórico de navegação e interesses.

    Para portais que já vêm investindo em SEO voltado ao Discover, essa novidade representa uma chance de escalar o volume de tráfego. Sites com bom desempenho no Discover mobile tendem a manter o mesmo padrão, mas também poderão servir de base para experimentos de formatos e público. Já quem não consegue ainda engatar cliques no Discover Mobile pode aproveitar o comportamento, por vezes mais analítico, do usuário de desktop, que costuma explorar temas com calma e profundidade.

    Manter o foco no CTR (Click-Through Rate) continua sendo a regra número um. Trabalhar o título de forma objetiva, com palavra-chave no início, oferece contexto rápido. A imagem principal, por sua vez, deve continuar seguindo as especificações mínimas (1.200 px de largura e proporção preferencialmente 16:9) e exibir elementos visuais claros. Vale também testar chamadas de ação discretas, como “Veja como” ou “Descubra”, que podem aumentar a curiosidade sem recorrer a termos exagerados.

    Ao mesmo tempo, fortalecer a autoridade em tópicos específicos faz toda a diferença. Publicar artigos técnicos com dados, referências e citações externas reforça a percepção de confiabilidade. Seguir boas práticas de estruturação de texto — uso de headings, listas curtas e parágrafos objetivos — acelera a leitura e agrada tanto o algoritmo quanto o usuário.

    Assim como no Mobile, o timing deve continuar relevante. Assuntos recorrentes, virais ou em alta no momento devem receber prioridade no calendário editorial. No desktop, o público costuma buscar mais análises e reportagens aprofundadas, então vale mesclar notícias de última hora com conteúdos evergreen e guias completos. Essa combinação pode resultar em cards de alto desempenho no Discover, independentemente da modalidade de acesso.

    Ainda há dúvidas sobre métricas detalhadas por dispositivo: o Google não liberou, por enquanto, relatórios que separem o tráfego desktop do mobile no Discover. Ainda estamos estudando o uso de filtros no Analytics para tentarmos separar os dois grupos, mas a distribuição do Discover no Desktop aqui no Brasil ainda está baixa.

    Eu, pessoalmente, espero sim um diferença no resultado do Discover Desktop para o Discover Mobile, tanto nos tipos de conteúdo – acredito que matérias mais analíticas e profundas terão mais espaço – quanto na usabilidade do site, já que sites no Mobile tendem a ser mais organizados justamente pelo menor espaço de trabalho, enquanto no Desktop, muitos sites que foram feitos para mobile, estão abarrotados de conteúdo e propagandas que afetam bastante a experiência do usuário.

    Por fim, sigo com minhas recomendações de sempre:

    • Continuar investindo em conteúdo de qualidade
    • Tentar sempre que possível usar imagens exclusivas
    • Trabalhar bem os links internos para reduzir rejeição
    • Publicar com frequência
    • Manter o site otimizado para velocidade, usabilidade e experiência

    Assim que tivermos mais dados sobre o Discover no Desktop, trarei análise do comportamento, mas, como disse antes, minhas expectativas estão altas!